domingo, 19 de abril de 2009

Texto do Mestre DeRose.

O Yôga tem 5.000 anos de existência. Nesses cinco milênios, foi deturpado sucessivas vezes. Façamos uma comparação. Estamos no século XXI da Era Cristã. Muito bem. Existe uma luta chamada Capoeira, que é legitimamente brasileira. Tem suas raízes em tradições africanas, porém nasceu no nosso país. Dentro de alguns anos, a Amazônia será invadida com o pretexto de ocupá-la para salvar tal patrimônio da humanidade das mãos desses latrino-americanos irresponsáveis que a estão destruindo (diga-se de passagem que a maioria das madeireiras que lá atuam pertence a estrangeiros).
Eles invadem o Brasil que, tal como os drávidas que viviam na Índia há 5.000 anos, não tem tradição guerreira. Já os invasores, esses sim, têm uma história de guerras, conquistas e império, tal como os sub-bárbaros arianos que invadiram a Índia e cometeram a primeira grande deturpação do Yôga.
Como ocorreu com o Império Romano, que ia incorporando outras culturas (ao absorver do Lácio o latim, da Grécia a arquitetura, escultura, mitologia, etc.), esse novo império absorve a Capoeira. Em pouco tempo, digamos, um século, classificam-na como dança ("afinal, eles não dançam?"). E a reestruturam, pois isso de bater atabaques e tocar um instrumento de cordas com uma corda só é muito primitivo. Eliminam os tambores e substituem o berimbau pela guitarra eletrobioplásmica, com acompanhamento de "sincretizador" (que substituirá o computador, aquela máquina primitiva que vivia "dando pau" e pegando vírus).
Passam-se mil anos. Lá pelo ano 3.000 da era Cristã, ocorre outra invasão. O Brasil é ocupado por uma terceira etnia e novos Mestres de Capoeira introduzem uma codificação que a define como religião ("afinal, eles não se benzem antes de jogar?"). Uma dança religiosa, uma dança ritual. Surgem mosteiros, templos e igrejas do culto Capoeirista. Essa vertente passa a ser conhecida como Capoeira Clássica.
Passado mais um milênio, e em torno do ano 4.000, já não se fala a mesma língua, nem habita neste território o mesmo povo. Surpreendentemente, a Capoeira sobreviveu e tem mesmo um sólido sistema cultural que a preserva. Só que agora, após alguns concílios, decidiram que Capoeira é uma terapia. Passa a ser uma dança espiritual terapêutica.
Mais um milênio se passa. Estamos lá pelo ano 5.000 d.C. Ninguém mais se lembra das suas origens. Criam mitologias. Surgem versões negando que a Capoeira tenha surgido numa nação mítica chamada Brasil, a qual teria existido há tanto tempo que caiu no esquecimento. Alguns eruditos defendem que a Capoeira teria sido criada pelos negros escravos, mas a etnia então dominante nega-o peremptoriamente, e ameaça de punição quem se atrever a insistir nessa invencionice subversiva. A Capoeira é institucionalizada como uma prática para a terceira idade. Torna-se uma dança espiritual terapêutica para idosos.
Outros mil anos são transcorridos. Estamos agora no ano 6.000 da Era Cristã. Todas as evidências de uma civilização latino-americana desapareceram, apagadas intencionalmente pelos cientistas e religiosos desse novo período histórico. A opinião pública de então, decide que Capoeira é para mulheres, que é ótima para TPM, gestação, rugas, celulite, varizes e que rejuvenesce. A Capoeira passa a ser classificada como uma dança espiritual, terapêutica, para idosos e para mulheres. Quem afirmar que a Capoeira legítima é uma luta, destinada a pessoas jovens e saudáveis, passa a ser acusado de discriminar os enfermos, os idosos e as mulheres; é acusado de ser polêmico; torna-se perseguido e severamente castigado com a difamação, a execração e ameaças de morte.
Bem, no caso da Capoeira, nós só abordamos 4.000 anos de deturpações, do ano 2.000 ao ano 6.000 d.C. No caso do Yôga precisamos computar mais um milênio de distorções, já que essa filosofia conta com cinco mil anos de existência.
Oh! Céus! Eu disse filosofia? Foi sem querer. Juro. Eu quis dizer uma terapia mística para enfermos, mulheres e idosos.
DeRose


O Yôga tem 5.000 anos de existência. Nesses cinco milênios, foi deturpado sucessivas vezes. Façamos uma comparação. Estamos no século XXI da Era Cristã. Muito bem. Existe uma luta chamada Capoeira, que é legitimamente brasileira. Tem suas raízes em tradições africanas, porém nasceu no nosso país. Dentro de alguns anos, a Amazônia será invadida com o pretexto de ocupá-la para salvar tal patrimônio da humanidade das mãos desses latrino-americanos irresponsáveis que a estão destruindo (diga-se de passagem que a maioria das madeireiras que lá atuam pertence a estrangeiros).
Eles invadem o Brasil que, tal como os drávidas que viviam na Índia há 5.000 anos, não tem tradição guerreira. Já os invasores, esses sim, têm uma história de guerras, conquistas e império, tal como os sub-bárbaros arianos que invadiram a Índia e cometeram a primeira grande deturpação do Yôga.
Como ocorreu com o Império Romano, que ia incorporando outras culturas (ao absorver do Lácio o latim, da Grécia a arquitetura, escultura, mitologia, etc.), esse novo império absorve a Capoeira. Em pouco tempo, digamos, um século, classificam-na como dança ("afinal, eles não dançam?"). E a reestruturam, pois isso de bater atabaques e tocar um instrumento de cordas com uma corda só é muito primitivo. Eliminam os tambores e substituem o berimbau pela guitarra eletrobioplásmica, com acompanhamento de "sincretizador" (que substituirá o computador, aquela máquina primitiva que vivia "dando pau" e pegando vírus).
Passam-se mil anos. Lá pelo ano 3.000 da era Cristã, ocorre outra invasão. O Brasil é ocupado por uma terceira etnia e novos Mestres de Capoeira introduzem uma codificação que a define como religião ("afinal, eles não se benzem antes de jogar?"). Uma dança religiosa, uma dança ritual. Surgem mosteiros, templos e igrejas do culto Capoeirista. Essa vertente passa a ser conhecida como Capoeira Clássica.
Passado mais um milênio, e em torno do ano 4.000, já não se fala a mesma língua, nem habita neste território o mesmo povo. Surpreendentemente, a Capoeira sobreviveu e tem mesmo um sólido sistema cultural que a preserva. Só que agora, após alguns concílios, decidiram que Capoeira é uma terapia. Passa a ser uma dança espiritual terapêutica.
Mais um milênio se passa. Estamos lá pelo ano 5.000 d.C. Ninguém mais se lembra das suas origens. Criam mitologias. Surgem versões negando que a Capoeira tenha surgido numa nação mítica chamada Brasil, a qual teria existido há tanto tempo que caiu no esquecimento. Alguns eruditos defendem que a Capoeira teria sido criada pelos negros escravos, mas a etnia então dominante nega-o peremptoriamente, e ameaça de punição quem se atrever a insistir nessa invencionice subversiva. A Capoeira é institucionalizada como uma prática para a terceira idade. Torna-se uma dança espiritual terapêutica para idosos.
Outros mil anos são transcorridos. Estamos agora no ano 6.000 da Era Cristã. Todas as evidências de uma civilização latino-americana desapareceram, apagadas intencionalmente pelos cientistas e religiosos desse novo período histórico. A opinião pública de então, decide que Capoeira é para mulheres, que é ótima para TPM, gestação, rugas, celulite, varizes e que rejuvenesce. A Capoeira passa a ser classificada como uma dança espiritual, terapêutica, para idosos e para mulheres. Quem afirmar que a Capoeira legítima é uma luta, destinada a pessoas jovens e saudáveis, passa a ser acusado de discriminar os enfermos, os idosos e as mulheres; é acusado de ser polêmico; torna-se perseguido e severamente castigado com a difamação, a execração e ameaças de morte.
Bem, no caso da Capoeira, nós só abordamos 4.000 anos de deturpações, do ano 2.000 ao ano 6.000 d.C. No caso do Yôga precisamos computar mais um milênio de distorções, já que essa filosofia conta com cinco mil anos de existência.
Oh! Céus! Eu disse filosofia? Foi sem querer. Juro. Eu quis dizer uma terapia mística para enfermos, mulheres e idosos.
DeRose

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Respiração e emoção.


Você já parou para observar a sua respiração hoje? E agora? Como ela está? Que partes dos seus pulmões você utiliza? (sim, os pulmões têm partes, e são 3!!!). Com que velocidade esse ar circula pelo teu corpo?
Particularmente gosto demais dessa parte da prática.... é de efeito imediato, e vivenciado já na primeira aula, pelo menos pela maioria dos praticantes.
Para mim, é como se o mundo se aquietasse... e pulsasse... no ritmo da minha respiração. Ao meu bel prazer Uma sensação de ser una com o Universo.
Independente daquilo que se sinta durante o pránáyáma, o que eu queria abordar aqui é o modo como a respiração está diretamente ligada às emoções... Já observou como você respira quando está nervoso(a)? feliz? ansioso(a)? Da mesma maneira que você altera a respiração ao se emocionar (e parece ser tomado por essa emoção), você pode alterar a sua respiração e influenciar na emoção que sentiu (e não ser tomado por ela de modo a não reagir, ou reagir de maneira que possa se arrepender). Isso não quer dizer que você não sentirá mais as emoções, como se pudéssemos não senti-las, mas sim que você conseguirá, durante uma emõção muito forte, manter o foco e a lucidez que normalmente são obscurecidos pelas emoções. É portanto, uma ferramenta de auto-controle, que leva ao auto-conhecimento, que é um dos objetivos do Yôga.

A respiração no Yôga é profunda, nasal, lenta, silenciosa, consciente, ritmada e prazerosa...

Respirar bem é viver bem!!!

Então que tal aproveitar e observar, ainda que por alguns instantes como você respira? E por que não tentar respirar mais lentamente... sinta o sabor do ar, perceba o trajeto que ele percorre no seu corpo, e a sensação d ebem estar que este ato te proporciona. E se já é praticante?!..... demorou! rsrs...
Por hoje é só!

Swásthya!




terça-feira, 15 de abril de 2008

Porque falar sobre Yôga?


Dou aulas de Swáshya Yôga há quase 5 anos. Hoje, a maioria dos meus alunos são alunos de Academias. Em academias é delicado se aprofundar na filosofia do Yôga, não há clima nem abertura para isso. Por isso decidi fazer esse blog, para esclarecer assuntos sobre a prática e a filosofia por trás dela. Não-alunos também são bem vindos.
Agora vou confessar que é a primeira vez que eu me atrevo a fazer um blog, me confesso inexperiente e peço paciência.

Seja bem vindo!

Swásthya!